segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dia Nacional do Livro

DIA 29 DE OUTUBRO - DIA NACIONAL DO LIVRO
Gosto muito de ler, meu livro predileto é o Pequeno Príncipe de Antoine-de-Sant-Exupèr, vou deixar aqui escrito o meu capítulo predileto, garanto quem nunca leu este lindo livro quando lê se apaixona por ele rs
 
Capítulo XXI

“E foi então que apareceu a raposa:
Bom dia, disse a raposa.
Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
Sou uma raposa, disse a raposa.
Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
Que quer dizer "cativar"?
Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
Que quer dizer "cativar"?
Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
Que quer dizer "cativar"?
É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços...”
Criar laços?

Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou...
É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
Num outro planeta? Há caçadores nesse planeta? E galinhas?
Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também e por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra, o teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti e eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
Por favor... Cativa-me! Disse ela.

A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto.
No dia seguinte o principezinho voltou.
Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração. É preciso ritos.
Que é um rito? Perguntou o principezinho.
É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias, uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
Ah! Eu vou chorar.
A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal, mas tu quiseste que eu te cativasse...
Quis, disse a raposa.
Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
Vou, disse a raposa.
Então, não sais lucrando nada!
Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas.
...Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é, agora, única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida, um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:
Adeus, disse ele...
Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... Repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. “Tu és responsável pela rosa”
Eu sou responsável pela minha rosa. Repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. ”



O livro é um meio de comunicação importante no processo de transformação do indivíduo. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos a nossa capacidade crítica e criativa. É importante para as crianças ter o hábito da leitura porque com ela, se aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo. O livro atrai a criança pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio e pela emoção das histórias. Comparado a outros meios de comunicação, com o livro é possível escolher entre uma história do passado, do presente ou da fantasia. Além disso, podemos ler o que quisermos, quando, onde e no ritmo que escolhermos. 


Portanto na semana nacional do livro inspire-se,  leia um livro e depois compartilhe com seus amigos a sua leitura.

Durante esta semana estou trabalhando leitura com os alunos da escola Horácio Victor Bastos e Lúcia Vilar, para os 1º e 2º anos estou lendo o livro  
" Os três porquinhos" e eles estão ilustrando no editor de desenho Tux Paint, já para os 3º, 4º e 5º anos no final da aula pedi para que cada aluno escolhesse um livro para levar para casa e ler durante a semana e na próxima semana trazer e contar aos seus amigos o que mais gostaram no livro que leram. 



 

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